O trabalho propõe um jogo com a distorção da imagem própria no espelho por meio de refrações parciais em sua superfície. Se trata de uma série de espelhos posicionados a altura do rosto, gerando novos encontros com a imagem de si alterada.

Retratos aguados evoca o mito de Narciso, o qual ele vê o seu reflexo na superfície da água, os trabalhos apresentam uma superfície aguada/aquosa como dispositivo refratário a fim de alterar a já dada imagem que corresponde simetricamente no espelho. Porém, diferente do rio o qual Narciso se viu, o elemento cristalino está confinado em espaços retangulares – em formato de retrato – criando uma tensão entre a imagem fluida do espelho e a captura permanente de um retrato.